quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Mulheres Padres

Cerimônia secreta de ordenação
A mulher no centro da cerimônia (sendo ordenada na foto) não quis ser identificada
Uma mulher foi ordenada padre em uma cerimônia secreta presenciada pela BBC em uma capela católica particular na Europa Central.

A reportagem da BBC foi autorizada a presenciar a cerimônia com a condição de não revelar o local exato onde o evento foi realizado e não identificar a mulher ordenada.
A cerimônia - que não é reconhecida pelo Vaticano - ocorreu cerca de dois meses depois da escolha do cardeal Joseph Ratzinger como Papa Bento 16.
Cerca de uma dúzia de homens e mulheres participaram da ordenação e as palavras ditas eram quase idênticas às definidas pela Igreja Católica Apostólica Romana para tal ritual.
Desafio
Antes da solenidade, a jovem ordenada padre admitiu que estava preocupada com o desafio feito à Igreja.
"Mas eu espero que dentro de cinco anos, dez anos, as coisas mudarão porque há muitas mulheres que gostariam de seguir o mesmo caminho e o caminho será um pouco melhor para elas."
Ela pediu que não fosse identificada por medo de perder seu emprego como professora de educação religiosa.
Patricia foi "ordenada" há três anos e excomungada
Há três anos, Ratzinger, então chefe da Congregação para a Doutrina da Fé, excomungou sete mulheres que haviam sido ordenadas em um barco ancorado no rio Danúbio.
Patricia, umas das mulheres que ficaram conhecidas como As Sete do Danúbio, participou como sacerdote da cerimônia presenciada pela BBC.
Usando o título de bispo, Patricia, que foi freira dominicana por 45 anos, defendeu o direito de ordenação das mulheres.
"Eu estudei tanto quanto os homens e fui excluída do sacerdócio. É tão injusto", disse Patricia, uma sul-africana branca que cresceu durante o apartheid.
"Uma das formas de derrubar uma lei injusta é violá-la."
Confrontada com o argumento de que a Igreja diria que as leis de Deus não podem ser questionadas, Patricia argumentou que não há nada nas escrituras que proíba mulheres de ser padres.
Cerimônia foi ilícita e inválida, diz Igreja
"É uma lei dos homens, da Igreja, que mudou várias vezes pelos séculos. E uma lei injusta não precisa ser cumprida", argumentou.
"Decisão divina"
O presidente do Conselho Pontíficio para a Comunicação Social, arcebispo John Paul Foley, contestou o argumento de Patricia.
"Como homem, eu não posso conceber... isso é injusto? Por decisão divina... não há diferença."
Segundo Foley, se é biologicamente impossível para um homem conceber, é "teologicamente impossível" que uma mulher seja padre.
Foley afirmou que a cerimônia presenciada pela BBC não era "apenas ilícita, mas inválida".
Um dia depois da cerimônia, a reportagem da BBC visitou a igreja local durante a missa e não conseguiu encontrar nenhum fiel que se opusesse à idéia da ordenação de mulheres.
Mas "a questão é o que Jesus quer. O que revelou e o que a Igreja ensina. Essa é a norma pela qual nos devemos guiar. Não por pesquisas de opinião", argumentou Foley


Primeira mulher padre do Brasil é ordenada em Santa Luzia
Quem acha que para ser padre tem que ser do sexo masculino está enganado. Neste domingo, a primeira padre mulher do Brasil foi ordenada no salão da comunidade carismática da capela de São Lázaro, no bairro São Benedito, em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Ana Maria de Almeida, de 26 anos, passou por quatro anos de estudos e, agora, pode celebrar missas, casamentos, batizados e todo tipo de cerimônia religiosa.
Ana Maria é casada e tem dois filhos. Segundo o Bispo Lucas Macieira, da igreja Santo Expedito, a mulher foi treinada por ele e por outros padres para receber formação pastoral e fez o curso básico de teologia pela Igreja Episcopal Latina do Brasil.
O Vaticano não permite que uma mulher se torne padre na Igreja Católica Apostólica Romana. Na Igreja Católica Apostólica Latina, no entanto, essa ordenação é possível. Segundo o bispo, na ordem existe um movimento chamado "Eu também sou igreja", feito por mulheres que reivindicam a presença do sexo feminino nos altares para comandar as celebrações. Conforme Macieira, três mulheres na Alemanha, uma na Suiça e outra na Costa Rica já foram ordenadas padres.
Para o bispo, a igreja não pode interferir na escolha de quem deve passar os ensinamento de Jesus. "A igreja é de todo mundo que crê em Deus, quem vai até lá quer ouvir as histórias e os ensinamentos que Jesus passou e não se o padre é homem", diz. Segundo ele, Ana vai realizar casamentos, batizados e missas na igreja da comunidade em Santa Luzia.
Questionado sobre possíveis ações da Arquidiocese, o bispo Lucas Macieira disse que o Vaticano pode excomungar a mulher e os padres que a ordenaram, mas que isso seria injustiça. "Todos queremos servir a Deus. Não é justo que apenas os homens façam isso", afirma.
A igreja é de origem portuguesa e tem a mesma sucessão apostólica da igreja romana. Ela está no Brasil há cinco anos. Segundo o Bispo Lucas Macieira, essa igreja permite que os padres se casem, que os fiéis tenham outras religiões, além de fazer casamentos de pessoas divorciadas. Em Minas Gerais, há quatro templos da igreja, localizados em Contagem, Santa Luzia, Belo Horizonte e Nova Lima.
A reportagem procurou a Arquidiocese de Belo Horizonte, mas nenhum representante da entidade quis falar sobre o assunto. Por meio da assessoria, a arquidiocese afirmou apenas que não pode interferir em outras igrejas.

Fonte: O Tempo

Padre americano defende ordenação de mulheres

Um padre americano que defende a ordenação de mulheres para o sacerdócio foi detido na segunda-feira (17/10/11) ao fazer uma manifestação no Vaticano pedindo o fim da restrição imposta a elas. Roy Bourgeois e dois simpatizantes foram retirados da Praça São Pedro em um carro da polícia.
  Durante a manifestação, o grupo gritava: “o que nós queremos? mulheres padres!”. Bill Quigley, um dos advogados de Burgeois, disse que a polícia tentou tomar os cartazes dos manifestantes, que resistiram.
 Burgeois, integrantes da Conferência para a Ordenação de Mulheres e de outros grupos de apoio a mulheres padres foram a Roma para entregar uma petição em apoio ao pedido do americano. Ele deve ser afastado de sua ordem religiosa – a Maryknoll – por sua defesa da ordenação de mulheres.
Também um grupo de ativistas católicos que defendem que mulheres sejam ordenadas padres tentou entregar uma petição ao Vaticano, mas foi impedido de entrar na Praça São Pedro. Alguns deles foram detidos pela polícia.
Testemunhas afirmaram que policiais italianos à paisana detiveram o grupo de cerca de 15 manifestantes, formado por diversas mulheres vestidas com roupas de padres, e confiscaram uma faixa na qual se lia ‘Deus está convocando mulheres para ser padres’.
O grupo, liderado pelo padre católico norte-americano Roy Bourgeois, do estado da Geórgia, queria deixar a petição assinada por cerca de 15 mil pessoas na entrada do Vaticano.
“O escândalo de exigir silêncio sobre a questão da ordenação de mulheres reflete a arrogância absoluta da hierarquia (da Igreja Católica Romana) e o seu trágico fracasso em aceitar as mulheres como iguais em dignidade aos olhos de Deus”, disse Erin Hanna, diretora-executiva da Conferência da Ordenação de Mulheres, com sede nos EUA.
Em uma outra carta aberta às autoridades do Vaticano, Bourgeois disse: “Se o chamado para ser padre é um dom e vem de Deus, como podemos, como homens, dizer que nosso chamado de Deus é autêntico, mas o chamado de Deus às mulheres não?”
Bourgeois e Hanna foram colocados em carros de polícia na entrada da Praça São Pedro e levados a uma delegacia próxima.
 O Vaticano afirma que as mulheres não podem ser ordenadas padres porque Jesus Cristo escolheu apenas homens como apóstolos e se tivesse escolhido mulher, Sua Mãe seria a mais digna – o que não ocorreu – (acréscimo meu).
 (Fonte: o globo)




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